No dia -a- dia do consultório é muito comum os pacientes afirmarem que nunca ouviram falar sobre o Médico da Dor e sempre me questionam qual meu papel no processo de diagnóstico e tratamento de seu problema de saúde. Por Esse motivo resolvi começar esse blog falando um pouquinho sobre o que é e como funciona a Medicina da Dor.
A Medicina da dor é considerada hoje uma “área de atuação da medicina” e o que isso quer dizer? quer dizer que para ser um médico da dor o médico primeiro tem de ser especialista em uma das seguintes áreas da medicina: Anestesiologia, ortopedia, neurologia, neurocirurgia, reumatolgia, clínica médica ou pediatria. O foco principal do profissional está na avaliação, diagnóstico e tratamento da dor, especialmente da dor crônica.
Os profissionais dessa área de atuação combinam métodos farmacológicos (medicações orais e tópicas), terapias físicas (fisioterapia, massagem, acupuntura, neuromodulação periférica…), intervenções minimamente invasivas (infiltrações, bloqueios anestésicos, radiofrequencia…) apoio psicológico e as vezes psiquiátrico.
Como você pode ver a abordagem da dor é multifatorial e consequentemente multidisciplinar com vários profissionais da área da saúde envolvidos no seu tratamento. Muitas vezes durante o tratamento várias estratégias são combinadas entre si para proporcionar não apenas o alívio da dor mas também a reabilitação, refuncionalização e muitas vezes até a ressocialização do indivíduo, buscando uma melhora na sua qualidade de vida e permitindo-lhes retomar as atividades diárias com o mínimo de desconforto.
Quais estratégias são usadas pelo médico da dor?
- Diagnóstico o mais preciso possível: para isso é sempre feita uma história clínica detalhada associado a um bom exame físico e em alguns casos lança-se mão de exames complementares.
- Terapias inovadoras: Bloqueios/infiltrações guiados por ultrassonografia ou escopia (raio-x), ablação por radiofrequência, uso de ortobiológicos que estimulam a regeneração dos tecidos, terapia por onda de choque, implantes de eletrodos e bombas de infusão.
- Individualização do tratamento: já que a dor é considerada uma experiência cada indivíduo a vivência de uma maneira. Esse fato deve ser levado em consideração na hora da escolha do tratamento. As necessidades específicas de cada paciente devem ser consideradas, levando em conta a intensidade da dor, sua localização e resposta a tratamentos já implementados.
Como podemos ver a Medicina da Dor é área da medicina comprometida em oferecer soluções para melhorar o bem estar físico e emocional dos pacientes para que os mesmos possam levar uma vida confortável e produtiva.
Dra Anadelia de França (CRM 13881-DF) – Médica Anestesiologista (RQE 7816) – Médica da dor (RQE 21467)
